sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Coração do meu Brasil



Recebi de nossa colega e educadora de AEE:
Miriam Torres, trabalha em São Luiz Gonzaga, que atua na Escola Senador Pinheiro Machado
Este país e seus abnegados lutadores... Beijos Mirian

Leiam hoje no Correio do Povo:

Coração do meu Brasil

Jorge Amaro de Souza Borges

O que dizer dos nossos atletas paralímpicos após seus maravilhosos resultados em Londres? As 43 medalhas conquistadas são façanhas de verdadeiros heróis, que colocaram a alma em cada disputa. Os nossos atletas estavam lá, mostrando ao mundo a garra de mais de 45 milhões de pessoas com deficiência brasileiras.

O Brasil é, hoje, a 6 economia do mundo, mas, contraditoriamente, um dos países mais desiguais sendo que as pessoas com deficiência são aquelas que, entre os excluídos, as que mais sofrem, principalmente, pela falta de acessibilidade. O esporte não é a primeira necessidade para este segmento, pois, antes dele, vêm a saúde, a educação, a moradia e a assistência social. Mas é justamente o esporte que tem mostrado o quanto as potencialidades dessas pessoas podem superar suas dificuldades.

Nesse ambiente completamente inóspito, temos que destacar o protagonismo das pessoas com deficiência, primeiro, por meio da seriedade e do comprometimento do Comitê Paralímpico Brasileiro. Depois, através das confederações e, por fim, das entidades locais, que mantêm acesa a chama do nosso movimento paralímpico.

O esporte paralímpico brasileiro, de fato, aumenta sua legitimidade e amplia suas fronteiras. Mostra que esse país tem jeito, sim. Mas há ainda um longo caminho a ser percorrido rumo à aceitação e à abrangência já alcançadas pelo esporte olímpico. Um exemplo disso é o descaso de nossa mídia televisiva. Os nossos atletas paralímpicos mostraram ao Brasil o verdadeiro significado de patriotismo e nos deixaram mais orgulhosos, seja não só pelas medalhas, mas também pela luta para ser atleta num país que engatinha no processo de inclusão e reconhecimento da diversidade em suas políticas públicas.

O coração do meu Brasil pulsa forte e feliz com as alegrias produzidas em Londres pelos membros de nossa delegação, medalhista ou não, pois, mais do que nunca, competir simbolizou vitórias de quem tem uma vida inteira de luta contra o preconceito e a invisibilidade.

Parabéns, Ricardinho Alves, ouro no futebol de 5; Jovane Guissone, ouro na esgrima sobre cadeira de rodas; e Alexsander Celente, prata no Goalball; gaúchos que brilharam em Londres.

vice-presidente do Coepede

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Jorge Amaro de Souza Borges

Vice-presidente - COEPEDE

Biólogo - Especialista em Educação Ambiental
Mestrando em Educação - PPGE-PUCRS
Site: www.jorgeamaro.com.br
Twitter: @jorge_amaro

(51) 96128261 / 84820292








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